Foto: Site Fazenda Mata Velha

EXUBERANTE E EN-CANTANTE NATUREZA


Meus campos eram floridos, minhas matas verdejantes
Morte caminhando lenta, sobra tempo, em tempos dantes
Mata do Coelhinho já foi tema, existem outras
Não sei se mais existem...
Da Água Azul, mata escura
Onde o verde existia muitos animais também
Em tempos de estiagem,
O cuidado redobrado com o fogo a qualquer hora
Foice, enxada, facho à mão, quem, ainda, não chorou, chora agora!

Nem elas se importavam com espécies cultivadas
Rosas, hortênsias, margaridas sempre muito consagradas
Pra que gastar muita coisa, se ali há flor do campo
Achada em espaço amplo, mesmo à beira da estrada?
Já muitas vezes colhi aquelas florzinhas belas
Vou levar pra minha Mãe, que tem encanto por elas!

Desde os tempos da escola o assunto sempre vinha
Mas ficou adormecida a consciência que tinha
Quando li belo soneto do Humberto, que, por sorte
Era de Campos. Foi ali que descobri - Colibri, Araponga
O Uirapuru - este cantor mavioso
Reunindo seus ouvintes naquelas matas do Norte
No salão da natureza, de encantadora beleza
Ouvirá seu cantar, quem suporte!

Sobradinho-DF, 17/01/07 – abello