FLOR DA MINHA VIDA

FLOR DA MINHA VIDA

Quanto tempo faz que não te olho nos olhos?

Já faz algum tempo.

Mas lembro nitidamente de tudo que tu me falavas.

Dos cuidados, das alegrias, das tristezas,

Das noites de esperas.

Lembro de teu olhar como negros caroços de tucuns

A me olhar com silencioso AMOR.

O cheiro de ervas te perfuma o dia inteiro.

Teu rosto marcado pelo tempo e pelas preocupações.

Tuas mãos que às cegas procuravas lêndeas e piolhos

Na escuridão da noite ate ma fazer dormir.

Dos abraços intermináveis de saudades que sufocava de risos.

Teu jeito sereno de ser a minha MÃE,

Única nesta vida cheia de mazelas sociais,

Ensinaste-me a ser gente de bem.

A ser POETA.

Pois quem dar o sopro da vida, também esta parindo um POEMA.

A minha Mãe Fátima Maria dos Santos Padilha.

Que me pariu!

Belém 07-05-11, Terra Firme.

augustopoeta
Enviado por augustopoeta em 07/05/2011
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