Saudosas mães

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Está demorando demais...

O céu parece não me querer por lá!

Sendo assim, amanhã,

abrace em meu nome

minha querida mãe

e todas as mães desse planeta

que não mais se pode abraçar...

Você me promete isso, Deus?

Você me promete que a saudade;

que o choro vertido, ao pé dos túmulos,

serão substituídos pela gratidão da vida?

Você me promete isso, Deus?

‘Mães não deveriam morrer!’ – Lei universal.

Mas o amor, o verdadeiro, pelo que sei...

Ele se tornou indelével justamente na morte.

Porque amar a presença é valioso, claro!

Mas o perpetuar-se na ausência é que revela,

sem nenhuma forma de dúvida,

que a vida pode ser, mesmo na dor lancinante,

a consolação do bem que já foi nosso:

o dom da vida que somente no ventre da mãe,

da nossa mãe, única e insubstituível,

tornou-se possível e real, graças a você, Deus!

Mais um pedido, Deus:

Hoje, que os ventos sejam brisas;

que as águas sejam lânguidas, sem torrentes...

que as brigas sejam de amor, amor de criança,

onde uma corre atrás da outra sem impor medo.

Que as palavras sejam ditas com carinho

E que ao final do dia exista apenas uma certeza:

a de que o bem, sempre, vencerá o mal...

Você me promete isso, Deus?

Crato-CE, 7 de maio de 2011.

09h27min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 07/05/2011
Reeditado em 13/09/2012
Código do texto: T2954567
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