BUQUÊ DE POESIA
A Paulo IzaeL
Na calada do verso
o hiato da noite é o travo do vinho
a taça sombria da vida engolida
no contraponto do sumo -
revés do moinho no giro das mós -
[destino do hoje, intenção no amanhã]
que fermenta o mosto e depura o sabor.
Um ébrio poema exala o buquê.