BUQUÊ DE POESIA

                                            A Paulo IzaeL


Na calada do verso

o hiato da noite é o travo do vinho

a taça sombria da vida engolida

no contraponto do sumo -

revés do moinho no giro das mós -

[destino do hoje, intenção no amanhã]

que fermenta o mosto e depura o sabor.


Um ébrio poema exala o buquê. 

Sonia R
Enviado por Sonia R em 14/11/2006
Código do texto: T290825