Mãe Terra!
Terra,
Que alimenta
Os filhos teus.
Terra,
Que encerra
A leva da labuta...
Do lavrador sem morada
Que parte ao alvorecer
Pra lida de colher.
Terra Santa,
Que encanta
Com os frutos
Abençoados do chão.
Chão que,
Oferece
Padece
Florece
e
Adormece
Sonhos em vão.
Terra,
Fonte que jorra...
Gotas de euforia
Ao amanhecer do dia
Para este mundo cão:
Que estremece
Envaidece
Querendo
Corrompendo...
Se dizendo irmão
Dono absoluto
Desta criação!
Terra,
Terra, companheira!
Que jamais negou
Permitiu
Destruição.
Ah, Mãe Terra!
Eu clamo:
Num desespero de vida
Para que se resgate
A vida...
Que se esvaiu
Na lida...
Desse pequeno, homem,
Meio irmão,
Que se diz
Possuidor
Deste chão.
Mãe de tudo
E de todos...
Sem distinção
Que embeleza
E encanta...
Do Criador à criação!
Terra,
Terra,
Terra Mãe!
Que chora e implora
O seu perdão.
Filhos!
Deixe-me descansar
No manto natureza
Que é alimento vivo:
Pão,
Corpo,
Alma,
Coração,
e
Devoção...
Terra,
Terra,
Terra Mãe!