MANHÃ DE SAUDADES!
No olhar de quem se foi...
No abraço de quem ama...
Que passa por aqui quem fica,
No amor e na lembrança.
Manhã!
Que bate sem sentir...
O relógio e o coração,
Sangrando de saudade!
A lágrima que os olhos embaça,
Com o vento assobiando
A chuva batendo na vidraça.
Manhã!
Hoje, chorando...
Ontem sorrindo...
Que vida engraçada,
É essa da gente,
Dolentes...dolentes...
Manhã!
E... as horas passando,
Vazia...vazia...
E... a vida passando,
O tic-tac do tempo lá fora,
Correndo...
Manhã!
Escura e sombria...
Sem atalhos, nem caminhos,
Vida afora, rompendo os muros,
Nuvens e céus sozinhos.
Manhã!
Abraço em luto...
Treze anos se passaram,
A dor que acontece dentro da gente
De quem foi não é em vão,
Nessa manhã de saudade!
Machucando o ainda mais meu coração.
(Dedicado a Joaquim - meu pai, que desencarnou em 1998 e hoje, faz uma falta imensa).