Poeta

Poeta, poeta! Aquietas-te
Tua emoção para nada serve
Tuas lágrimas são águas
Que só tu bebes; e deixas
Sangrar no peito a ilusão.
 
Fosse tu, poeta, não desistiria não
Outras formas de vida, inclusive
Mais latente eu buscaria
E pro inferno as besteiras eu mandaria.
 
Poeta, poeta! Teu alimento são as palavras
Bem ou mal interpretadas.
Liga não, poesia é coisa do coração.
 
Ah, poeta, se eu tivesse um “tisco”
De tua eloquência o mundo pelo avesso
Viraria, seria um “tsunami” ,mas apenas
Para o bem eu brotaria. 

"Tisco": pedacinho de alguma coisa, parte minima  do todo  Muito usada na zona da mata de Minas Gerais.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 14/03/2011
Reeditado em 14/03/2011
Código do texto: T2848020
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