NO FUNDO DO MEU CORAÇÃO

No labirinto do querer,
Minha alma vai, minha alma crê,
Que encontrará a saída,
Insiste, persiste,
Atravessa as nuvens,
Reinventa a vida,
Supera os limites,
Com a luz das retinas,
Às vezes chora escondida,
Pelas esquinas,
Das imprecisões,
Coisas que acontecem,
Com a mulher-menina,
Minha alma logo reage,
Transcende – interage,
Com o sopro do vento,
Transforma as interrogações,
Em algo muito mais,
Trabalha, estuda, se prepara,
Multiplica o tempo que não para,
A minha alma erra – acerta,
Deixa a porta sempre aberta,
Para o discernimento,
Do que é e o do que não é,
Nesse surpreendente,
Destino de ser mulher.
No labirinto do querer,
Minha alma ama mais do que quer,
Me conduz por caminhos essenciais,
Me faz ver, me envolver,
Com as áreas sociais,
Necessidade urgente,
De aproveitar cada instante,
De semeadura,
Concedida pelo Criador,
De tratar o semelhante,
Com igualdade e amor.
No labirinto do querer,
Eu quero, sempre quis,
Palmeei cada diretriz,
Sem perder a ternura,
Inaugurei utopias,
Ao lado da família,
Dos amigos de cada dia,
E hoje estou aqui, agradecida,
Compartilhando esse momento,
De pleno contentamento,
Pela minha formatura,
Mais uma etapa vencida,
Pela força que atua,
No fundo do meu coração,
Outras tantas eu sei; virão,
Pois, o labirinto continua...


- - - - - - - - - - -

(Para Lurdinha Fialho)