Pra poetisa Marucia Herculano...
Respirar, de um vento brando, a paz
A vida é sábia e se demonstra presente
Nos remete nem mais, nem menos frequente
À exatidão do que somos, pensamos ou podemos...
Penúrias asfaltaram a estrada
Um tempo infinito... terreno incauto
Sombra rondando trilhas ocultas
Aflito o negro, nuvem dissoluta
Medo do abismo na mente poluta
Raio de sol a brilhar, novo dia
Luz vibrante, ousada, penetrante
Flama, dizima, o escuro passado
Força etérea, ressuscitam os sentidos
Alimento à alma, nutriz da mera existência
Quisera saber mais dos mistérios
Pudera aprender o místico emanado
Entender a vinda de um anjo encantado
De Deus, de bondade distinta, retinta
O acaso conecto no tempo e no espaço
Meu tempo, mesmo distante espaço ao coração
Som, imagem, imaginação
Que importam qual meios explícitados
A magia do ser notado...
A carícia do ser falado...
O sentido do ser vivido...
O sopro de um ente alado
Tal como fluído vital, que refaz o espírito
Passado sombrio dissipa na lembrança
Luz e energia convergem, agigantam
O celeste, meus passos conduz
Confluência de raças, força e poder inegável
Semeiam o amor incondicional, incondenável
E mesmo que me afrontes de "meu senhor"
Curvo-me a ti, meu anjo em vida
Marúcia, minha maninha, minha estrela, minha guia
Terás sempre meu respeito e meu amor...