O Cabaré das Vaidades
Das tribos, arenas da grande cidade.
Dos pastos, repousa rebanhos alados.
Das cores, banhadas em jarras de flores.
Dos céus, cravejados de sonhos em valsa.
Das sombras, em brisa da rosa dos ventos.
Das quadras, obscuras caixas metálicas.
Dos mistérios, sinceros que vem lá do sul.
Das pontes, costeiras em refúgios ocultos.
Dos mares, padecem sirenas encantos.
Das matas, trepadeiras farpadas disfaçam.
Dos sons, inebriantes do banheiro nevado.
Das rochas, o delicado é o crux dourado.
Das loucuras, travadas nas margens do tempo.
Das cadeiras, incrustadas das salas de aula.
Dos parentes, presentes a cada estação.
Das lembranças, utopia fria dos corações.
PJ
28/07/10