MINHA REDENÇÃO
No sibilar dos ventos de agosto,
trafeguei por campos perdidos.
Busquei razão para entender
os erros então cometidos.
Troquei Rio por Pernambuco,
mantendo os alvos definidos.
A bela flor pernambucana
que perfumou meu jardim,
transmutou-se numa rosa,
com cheirinho de jasmim.
Tendo nascido na Guanabara
Quedou-se linda mesmo assim.
Nas terras do Tio Sam,
pelos meses de fevereiro,
ecoam vozes magistrais,
lá do Rio de Janeiro.
São das beldades cariocas
de sonho alvissareiro.
Do lupanar dolente
extrai-se a esperança.
Linda, carioca e mulher,
cujo sobrenome é França.
Permita-me, Deus, que eu morra,
mantendo-te na lembrança.
Mulher, quão feio errei...
na intenção de te agradar.
Minha gafe foi horrenda,
quase me fiz amedrontar.
Mas tua candura é tanta,
tornou-me a instigar.
Vislumbro na Cidade Maravilhosa
o glamour desta terra infinda.
Meu desejo, linda mulher
é um dia te conhecer ainda.
Parabenizar-te pela doçura,
E regozijar minha sina.
Regozijo-me pelos erros,
se deles vem bom resultado.
Na dúvida avancei,
sei que nada é por acaso.
Tive vergonha e não perguntei
se tu tinhas namorado.
Parabenizo o nobre rapaz
que se encontra a teu lado.
Felicito-o pelo acerto
de ter te encontrado.
Pois és “divinal” refúgio,
como afirma o brocardo.
Meu caminho irei seguir,
suportando a minha dor.
Gratidão por ti sempre terei:
Respeito, carinho e amor.
Felicidades e muita paz
chegar-te-ão por louvor.
Aqui terminam as lamúrias,
suplico-te minha redenção.
As gafes por mim cometidas,
que me sirvam de lição.
Mexer com quem tá quieto
É se perder na escuridão.
Pernambuco assim festeja,
nos embalos do condor.
O nome da bela carioca,
uma linda mulher, ó meu senhor.
Salve o Rio de Janeiro.
Salve o Cristo Redentor.