Poesia para meu filho George
POESIA PARA O MEU FILHO GEORGE – 01.01.2011
Rompemos o Ano Novo no lar de meu único filho varão, o George, num jantar que ele e sua mulher, de improviso, resolveram ofertar. Tanto que estávamos na casa de praia e ele nos chamou. Mesmo à noite valia o pequeno sacrifício àquele conterrâneo de Gonçalves Dias.
Habilidoso também em matéria de música (violão, flauta e saxofone, por enquanto), a todos brindou com execuções do repertório de Roberto Carlos, Cartola, Pixinguinha e outras feras.
A minha emoção veio a cabo quando ele recordou a canção que sempre cantava pra mim: “Meu querido, meu velho, meu amigo”. Olhava-me e seus olhos marejavam num misto de alegria e recordação, naquele sentimento do amor filial. Ao final, abraçamo-nos e ele me beijou a face. Penso que esse fora um dos melhores romper de final de ano da minha vida.
Assim é que resolvi lhe retribuir com essa pobre poesia:
Meu filho agora pai, sou bisavô
Podemos refletir com mais suporte
Por que foste criado com rigor
De tua gravidez a mãe viu a morte
Fazia o pré-natal, numa arriscada viagem
Na antiga capital de São Luiz
Do norte o Maranhão, tal qual miragem
O carro sinistrou foi por um triz
Rompera a bolsa quase te perdia
No corre-corre o médico arriscou
Utilizou de sua sabedoria
Uma medicação forte aplicou
Por Deus a cavidade fecharia
Daí tu nasceste e és esse primor
Em construção.