O LEGADO
Sou teu pai, filho,
sinto por não ter-te dito
o quanto foste especial
de um ser bendito
por qual me maravilho,
em ti, filho, acredito,
no teu potencial.
Mas tu não eras pequeno
travesso menino
de olhar sereno,
senti e vi teu ar divino.
Mas sou teu pai
tentei te dar educação
tal qual recebi,
ou errei a concepção
no dia em que te bati?
Pois é isso! Errei!?
Mas queria acertar,
te proteger do mundo,
mas não te dei o mar.
Não te ensinei a pescar,
Não sentamos um segundo
para conversar.
Eu só te bati, sem te entender,
e tu choraste sem saber,
sem saber o porquê.
Mas fui teu pai
e tu devias me honrar,
qual mandamento
nos vem ensinar.
Eu te ameacei;
nunca te ouvia,
não tivemos tempo.
Gritei muito contigo,
lancei-te turvo olhar,
temeste o perigo
sem em mim confiar.
Mas agora morri,
sem te dizer que o vento
é que conduz o veleiro,
porém eu não te conduzi.
Se te deixei um legado,
deves observá-lo esmero,
fui honesto e sincero,
não fique aí parado!
(YEHORAM)
FELIZ ANO NOVO, COMPANHEIROS DE POESIA!!!