O LEGADO

Sou teu pai, filho,

sinto por não ter-te dito

o quanto foste especial

de um ser bendito

por qual me maravilho,

em ti, filho, acredito,

no teu potencial.

Mas tu não eras pequeno

travesso menino

de olhar sereno,

senti e vi teu ar divino.

Mas sou teu pai

tentei te dar educação

tal qual recebi,

ou errei a concepção

no dia em que te bati?

Pois é isso! Errei!?

Mas queria acertar,

te proteger do mundo,

mas não te dei o mar.

Não te ensinei a pescar,

Não sentamos um segundo

para conversar.

Eu só te bati, sem te entender,

e tu choraste sem saber,

sem saber o porquê.

Mas fui teu pai

e tu devias me honrar,

qual mandamento

nos vem ensinar.

Eu te ameacei;

nunca te ouvia,

não tivemos tempo.

Gritei muito contigo,

lancei-te turvo olhar,

temeste o perigo

sem em mim confiar.

Mas agora morri,

sem te dizer que o vento

é que conduz o veleiro,

porém eu não te conduzi.

Se te deixei um legado,

deves observá-lo esmero,

fui honesto e sincero,

não fique aí parado!

(YEHORAM)

FELIZ ANO NOVO, COMPANHEIROS DE POESIA!!!

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 29/12/2010
Código do texto: T2698477
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