Minha mãe
Minha mãe era quietinha
Pensadora, sossegada
Era muito boazinha
E por meu pai muito amada
Mulher forte e inteligente
Dedicada, gente boa
Estava sempre contente
Mas também chorava à toa
Impetuosa, valente
Sensível e muito brava
Pra defender sua gente
Nada e a ninguem enchergava
Pessoa muito querida
Por parentes e vizinhos
Pra mim um exemplo de vida
Sigo sempre os seus caminhos
Era a avó que os netinhos
Queriam sempre por perto
Ensinava segredinhos
Tinha um coração aberto
Se voce a procurava
Enquieto, sufocado
Ela sempre aconselhava
E ficava do seu lado
Não tinha religião
Mas também nem precizava
Tinha um enorme coração
Com a morte, não se assustava
Uma pessoa lembrada
Que para mim não morreu
Será sempre bem amada
Minha mãe! Que amor ardente!
Sabe o que aconteceu?
Virou uma estrela cadente
Em, 30/04/2009
Odette Bordadagua