LUANNA

“LUAANA”

Enquanto sentir o luar

E inalar,

O que é de mais puro

O brilho da noite em seu trânsito

De reparo certeiro

De âmbito,

E desespero

Esmero de cântico

Em que me venho,

Romântico

Refrescar no festeiro olhar

De “Luanna”

Minha Ama

Que me faz repousar

Que crivo seus raios

Enquanto emplaca

Todos os meus sonhos

Em sinos de contos

De vento que se distrai

Tão franco

Em que traz para a natureza

O preceito de vicejar

Sendo pudica

A quem menina

Em meus olhos repousa

Que pousa,

Com seu mel que ousa tratar

E decorar

A todos os meus medos

E curá-los,

Serenos

Força que visse,

Que disse,

Havia por tríplice,

O amor da mãe,

Do filho e do esposo

Fogoso para estar

Em que pedisse

Amor: ‘somente para ti

Quero me dedicar’

E que remonta

O épico dos beijos

Frondosos como os cachos

De cabelos

Que se atiram à rua

E lhe iluminam

Como toda sua,

Como afrescos

Afrontando outro lugar

Que não seus olhos na noite

Que somem,

E que hoje

Não sei de onde veio,

O seio

Que consome

E quê se repousa virgem

Forte,

E exige

O mote angular

Da morte,

Á que o amor,

Nunca se entregará

Nem a um só momento

Em que se trouxesse

O fulgurar do luar

Que em seu brilho branco

A que agrupa a todos

Figurasse

O fogo que tange

E que range

Na relva

Para que acordasse

Àquela

Que mela meus lábios

De paixão

E que os trazem ávidos e desiguais

Em devoção

Em refração ao sol

Que se contamina

Que mina e que jorra

Para a jornada

Que me aproxima

Para o esplendor

Para ela

Que viverá para sempre

Enquanto minha

Ápice do luar

Em que todos os lábios

Riem por encanto

E que sopram folhas que acalentam a noite

Para aquela que se apela

E que se aterra

Magistralmente

Em meus braços mansos

Que lhe entregam tanto

O olhar tão único

Em que me espanto,

E que se empregam santo

Para o sacramento

Que selará minha vida

Quando antes foram incapazes

De tanto amar

Ao agraciá-la e amá-la

Continuamente,

Compassivamente

Ao chamá-la

Em respeito

Ao seu espaço amplo

Para que o luar que deságua

Alvo em manto

E que avilta

A todas mulheres

De todos os cantos

E que as anula

Para os olhares

Que não encontram tanto

Tanta beleza

Que ao olhá-la encontro

Tão lindo seu olhar

Competente

De estima,

Convincente

Em que se sente

Toda a segurança...

Que me lança

A um vôo mais temente

Em que somente,

Sou vivente

Sobrevivente,

De uma fuga,

De um repente,

Curto de tempo

Decente,

Convincente

Em que minha mente

Esteve em Joá

Luar,

Em que seu e sua

Pudemos nos tornar

Onde não retorna o arrependimento

De onde venço mais

Que a altura

Que o comprometimento

De todos que acima

Porventura

Perdura,

Em meu olhar,

Que afronta

Todos que me querem em desgosto

E que me imputo

Puro

Em que a lua

Revela-se

A vagar.

Por Minha Bela

Que não mais recuso

Dela eu quero me amparar

Ela intrépida em seu elo perdido

Dito que irá me apanhar

Em águas de sons

Que a cercam

Em que iram me acalmar

E que ouso

Havia nela mais

Que a queda

Dos jasmins

Que por mim hão de retornar

Com a primavera

Era ela

A que vão cortejar

Revoar

De todas as estações

Crivo

Em frações

A todos aqueles

E que os espanta

Pois me amas

Por todas as direções.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 17/12/2010
Código do texto: T2677453