ANJA
"ANJA"
Musa de flor,
De pecado
Enamorado pelo dia
Regado com o calor
Que lhe apresenta
Como diva
Tenta o sol
A estender seus braços
Em torno da ilha
Para um azul arquejante
De opalas brilhantes
E de plataformas
De carraras viajantes
Mentes perseguidas antes
Pelos frívolos dias
Agora transbordam guias
Jamais distantes
Anjo,
Signo de rosa
Rodeada por anos
De conquistas,
E enchames
Em que chame
Os olhos femininos
De perturbados
Pelos falsos brados,
De que não és linda!
Boatos atraem a todos,
Jovialidade descomunal
Passional é o mal
Que me faço
Enquanto não te vejo
Templo de vida,
De felicidade
Deusa de fartura
Rainha que compactua
Que Impera,
No Império da loucura
Na suplemação/louvação da vaidade
Gaúcha de Floripa
Para que se repita,
Intermitente
Imagem imortal
Que não isente
E que nem tente
Em um repente,
Visitar outros colos
Em passo
Calvário até seu Estado
Para que se sentecie o descaso
E para que se dê como terminado
Um fator não ignorado
Para que a vida se acenda
E que se compreenda
Os sonhos imaginados
Para que se rompa
As calmarias e tespestades,
Para que todos precedam
Da mesma idade
E que saia dai
O território que se viva
Plena e lindamente,
O instante
Para que o arco-íris
Reparta todas as faces
E repatrie os pagens
Para que então se cases
Com as luzes de todos os dias
Guia minhas mãos a primazia
De não se ausentar
Afim de conquistar
Todas as dinastias
E a cortes
Que se encaminham
Rumo aos seus pares
Mares de Espanha
Campanha dos Mouros
Tamanha riqueza
Dão os seus pés
Quando tocam
Os lares frondosos
És sorte,
Consorte,
És mañana,
És Ãna,
És Lopes
Em que apanhas
A luz indefesa
E a reveste de norte
Pétala em pele
Cabelos fator de leveza
Suvenir de azul
Sul sentinela
Janelas de realeza
Anja que até no não
Mantém o pecado
Receba o bem,
Para que o encaminhe
Sempre ao seu lado
E que todos zelem
A mostra divina
Com dogmas de plástica
E de arte
Ao colocar-se como pensamento
A cabeça amanheça
E a mente torne-se incapaz
De receber não mais que a supremacia
Amacia as dores no mundo
Que não é mais tão pequeno
Para que tudo aconteça
Anja que vira a cabeça por meses
Mesmo os Deuses ruíram
E ressurgiram
Em forma de homens
Anja que mesmo má,
Compadece
Recorte as mazelas
De todos os desejos
E os volte puros
A um só tempo
Quimeras circundam seus olhos
Éter de azul imenso
Apura...
A mística dos sonhos mágicos,
Tão afortunados
Onde os amores
Não são mais tolos,
São únicos
E que ao se tornarem
Pequenos súditos
Demonstrariam-se confusos
E resignados
Com o tamanho de sua beleza.