TERRA

Ai minha terra do oriente,

de almas mistas transuentes

que vem do ocidente;

cultura oriental arcar

a nova vida e o novo lar,

o novo sol a brilhar

e a nova lua sorridente.

Suas vestes orientais,

seus muros das lamentações,

sóbrios, lamentam corações,

nos dias dos festivais.

Longas vestes negras e barbas,

fileiras de tão verdes fardas,

Compõem as tuas faces mil,

a diáspora que nunca tarda

o grito do mercador Jamil

vendedor de melancia

que um belo sorriso me sorriu

e sempre que ele sorria

era o seu aspécto gentil.

Minha terra branca e azul,

cheia de todos os encantos,

para ti perde Stambul

na sua beleza e seus santos!

Na terra da aliyá,

do judaismo e culturas mais,

terra de todas as capitais,

é também terra de Alá.

Tem Mohamed e Moshé,

hebraismo e Islã

reza-se de joelhos ou de pé

da mesma forma que em Terã.

Qualquer lingua se fala lá,

falam até mesmo o inglês,

só não achei Mustafá

que soubesse falar português.

De um lado a Jordânia,

do outro lado tem a velha Gaza,

Sinagoga, Mesopotâmia,

a mesquita é a sua casa.

Entre o Tigre e o Eufrates

esta terra que envasa

é terra de muitos penates.

Então, a minha Israel,

de tranças louras, tez morena,

do branco azul do céu

entre todas és pequena,

terra que mana leite e mel.

Do paxá e do sultão,

das suntuosas tamareiras

que pinta de preto o chão,

terra das suas fronteiras.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 13/12/2010
Código do texto: T2669050
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