Adoro-te, oh poesia!
Adoro-te, oh poesia, pois dentre as musas és a mais virtuosa!
És a mais olorosa dentre as flores!
E quando falas de amores, piegas não és!
Não olhas de viés, desdenhosa, se alguém, embevecido, fica a admirar os teus candores!
Adoro-te, oh poesia, pois és gentil, sem falsidade!
Não há traços de veleidade em teu rosto angelical!
És indelevelmente jovial e a graça te perpassa!
Te oscula e te enlaça num amplexo eternal!
Adoro-te, oh poesia, pois és indubitavelmente dadivosa!
És a entidade mais garbosa que adeja nesse céu!
És meu anjo delicado, sílfide imagem da candura!
Nenhuma deidade lá da altura se coteja ao encanto teu!