MÃE (Obra de Deus)

De sábias mãos foste tu esculpidas,
Nobre ser que Deus aos cuidados sela.
Guardas em ti o viço da vida,
Guardas em ti o poder da terra.


Por que choras alma combalida?
Tua mãe a todo momento te observas.
Não há razão de estar sofrida,
Qual fera que ruge teus rebentos vela.


Porventura foste áurea querida,
Tu criadas sem fundamento?
Ou deveras foste com intento,
Co'as mãos de Deus trazida?

Dirijo-me a Deus, tão somente!
Com minh'alma decidida:
Pai! Tira-me a vida!
E minha mãe: Viva p'ra sempre!
atilathomaz
Enviado por atilathomaz em 06/12/2010
Reeditado em 31/07/2021
Código do texto: T2656051
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