Poderia, mas não...

Tirei-lhe fotografias,

na esquina do balcão da taberna...

O homem nem sequer deu conta,

mente de tal forma anestesiada!

Posso pô-la no Facebook!

Posso ter pena!

Ou rir-me dele!

Não,não me permito tal liberdade,

a que a sociedade já se habituou!

À noite, o álcool abusa dele,

de dia abusará o trabalho!

Trabalho de pouco dinheiro,

pouco ensino,

pouco futuro! Futuro nenhum!

Não me rirei dele, não!

À noite não sabe o que faz!

De dia, não sabe, também!

Porque, joguete, na mão de alguém!

Saibam que a foto é linda,

Desvirtuada,porém, por cores sombrias...

Viva por olhos tristes e destruídos

de cansaço...

Ignoro alguma sabedoria...

Exalto a inocência deste homem,

por isso respeitá-lo-ei...

Vénus Ad Extremum
Enviado por Vénus Ad Extremum em 17/11/2010
Código do texto: T2621628
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