Poderia, mas não...
Tirei-lhe fotografias,
na esquina do balcão da taberna...
O homem nem sequer deu conta,
mente de tal forma anestesiada!
Posso pô-la no Facebook!
Posso ter pena!
Ou rir-me dele!
Não,não me permito tal liberdade,
a que a sociedade já se habituou!
À noite, o álcool abusa dele,
de dia abusará o trabalho!
Trabalho de pouco dinheiro,
pouco ensino,
pouco futuro! Futuro nenhum!
Não me rirei dele, não!
À noite não sabe o que faz!
De dia, não sabe, também!
Porque, joguete, na mão de alguém!
Saibam que a foto é linda,
Desvirtuada,porém, por cores sombrias...
Viva por olhos tristes e destruídos
de cansaço...
Ignoro alguma sabedoria...
Exalto a inocência deste homem,
por isso respeitá-lo-ei...