RAGELINDA

Daquela tarde gostosa

Do Recife à Olinda

Marcado, passado e não findo.

Banhando-se a água fogosa,

Da Olinda situação

Em que se fez de vila uma beldade.

Batendo-se e resultando naquela mira.

Na alma que aceleradamente pulsa,

Alegria em ação.

Marcada ou cansada?

Degradada ou descansada?

Quem crêr no crú ?

Ou requer ao assado?

Que do futuro é no contexto do passado,

Onde estarei em fim nú.

Ninguém se pode,

Se nega ou se estabelece.

Processada, a mente de tudo esquece.

Bandido sociopata.Que nesse cabal,

Se torna impróprio.

Ademais, vendo o rito ilusório.

Marcado, saido,

Sem tempo.

Caído e partido.

No nosso horizonte paralelo.

Funcionando o núcleo espacial.

E nada do nada é real ou inreal.

Se esvai em farelo.

Dessa paisagem que nos tem o direito.

Passa-se a lógica;

Perpassando no sentido ilógica.

Mas ao se suprimir,

Tão logo se eterniza.

“Dedicado aos amigos cariocas: Rafael e Georgia nesse dia lindo em Olinda-PE.”

01/11/10. Alto da Sé; OLINDA-PE.