ALVARES DE AZEVEDO
A poesia ganha um toque de melancolia
Livremente inspirada pelos traços da mulher amada
Vagando nos pensamentos de um poeta solitário...
A ama infinitamente e descreve sua
Rainha como “A flor do vale que adormece ao vento”
Escreve sua realidade... Por uma dor e uma
Saudade que seu anjinho, por infelicidade nutria
Diante de total martírio, ele escreve: “Por que mentias?”
E deixa a vida como deixa o tédio instigando a realidade que ainda vias...
Abraça a morte como sua fonte de inspiração
Zela pelos versos de um amor sem fruto...
E nega os sonhos de um viver que o apavora
Venera a morte que finaliza teu amor!
E assim nos deixa o jovem que amava sua pálida flor
Dedicando tantas palavras a sua donzela,
O poeta morre, restando no peito de quem lê, a esperança mais bela!
Álvares de Azevedo.