“O que é nosso”
(Luiz Henrique)

O medo já não é nosso
É de um passado longínquo
Em que a noite trazia junto pânico tenebroso

O soluço já não é nosso
É de um tempo distante que se foi
Na lágrima que singrava num rosto choroso

A incerteza já não é nossa
É de quando não sabíamos a trilha a escolher
Em que o dia rompia nublado, deprimente e duvidoso

Em verdade o que é nosso hoje é o amor que temos
O antes são coisas que apenas passamos, mas não vivemos

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