VINHAS D'OIRO

Antes que venha o frio

estremecer-te a nudez

do repoiso de mãe fértil,

terra minha,

ornas de oiro ainda

as vinhas do teu regaço.

Antes que tenha o rio

de espelhar-te a palidez

do inciso alcantil,

terra minha,

adornas de sangue ainda

as faces do teu cansaço.

D'oiro e púrpuras,

terra minha,

é o teu ciclóide manto.

Partitura,

terra minha,

é o teu cicnóide canto.