A ti criança... Esquecida...
A ti criança...Esquecida...
No meu caminhar, na minha existência.
Verifico com tristeza a dor e abandono
Que nós, adultos impomos a estas crianças...
No meu país Portugal, existe a pobreza
Ocultada, escondida com governantes
Cuja sua insanidade é maior que
Do que os neurônios, que foram dotados a eles...
Elas mendigam na rua, são abusadas.
Sejam na sua condição de criança
Porque elas não podem crescer, crianças.
Olho Abusivo do adulto esta atento
Querendo, dela, abusar e incutir medo.
Pais que usam para faturar trocos
A, troco de garrafas e ócio...
Te, vejo criança de olhos, tão tristes.
Onde as lágrimas a fazem, desgrenhadas
Feias e sem esperança no teu futuro
Olhando, para o nosso rosto, limpo e asseado
Com desprezo, do puro engano e da indiferença.
De vestes bem escolhidas, limpas e passando
Deixando rasto perfumado! Tipo “Chanel..”...
E sento em frente do sofá confortável
Assistindo TV, vendo as injustiças
Vendo favelas, gente correndo, aflita
Tiros dispersos, crianças, caindo como mortalhas...
Teu sangue, suja a calçada, impune, correndo
Impune aos olhos de quem ali passa,
Apenas uma contagem, uma sondagem.
Uma noticia, com mais audiência de TV
Podia ser a minha criança! Não foi...
Corre em cada um de nós, a impotência
De fazer mudar nosso mundo de desamor
Dão-te uma seringa, um charro, um desvio
Como alternativa de vida fácil e te condenam
Conduzem na prostituição e ainda acham fácil
Criticas, acima de criticas, mas nada fazem
E eu estou no meio do nada e de tudo...
Onde estarás tu, oh! Minha bela criança...
Que mundo triste construíram para ti
Será que há igualdade um dia será real
Onde poderei sorrir ao sorriso espontâneo
De uma bela de uma criança feliz...