RIO MACHADO
( Rio Ji-Paraná)
(Rio Machado) é conhecido com o nome de Rio Ji-Paraná. Um importante afluente do Rio Madeira, banha a cidade de Ji-Paraná, na parte central do estado de Rondônia. É o único grande rio totalmente Rondoniense, pois nasce e deságua em nosso estado, pena que pelo tal progresso está se acabando lentamente.
Rio Machado,
de águas turbulentas e escuras,
És filho dessas terras,
cobertas de fartura,
Que nos enche de orgulho,
por tão grande beleza.
Pois nasces e deságuas,
nas terras em nosso estado,
Com esse liquido vens regar,
o cereal aqui plantado,
Fazendo então nascer,
o verde em nossa natureza.
Rio Machado, ao lembrar-me,
de tuas lindas cachoeiras,
Vem-me a lembrança,
de quando naufraguei em tuas corredeiras,
E que ali pude sentir,
quão és grande e profundo.
E ao nadar, achei forças,
pra sair sem me afogar,
Fico a fitar-te e sozinho,
a mente fica a flutuar.
Com a certeza de que ali,
poderia ter me despedido desse mundo.
Rio Machado, quanta saudades,
de em tuas águas navegar,
Como fazia, quando criança,
sem medo de brincar,
Debruçava-me à beira da embarcação,
e sem pensar colocava mão.
Deixando a fria água,
meus braços assim molhar,
Pelas manhãs,
com meus irmãos,
ia em tuas águas mergulhar,
Essa saudade ingrata,
hoje me corta o coração.
Rio Machado, quanta riquezas,
escondes em teu profundo leito,
De diamantes, ouro,
dói-me aqui dentro do peito,
Por sentir que, pouco a pouco,
tens tua riqueza destruída.
Pois eras, mui volumoso e forte,
nos tempos das cheias,
E teus profundos poços hoje,
assoreados de areia,
Pelo progresso que, avança,
sobre ti com forças desmedidas.
Rio Machado, dos cardumes,
de milhares de espécies,
Que estão se extinguindo,
por tuas águas que apodrecem,
Pelos esgotos e dejetos industriais,
em ti depositados.
Faz-me descrever-te,
banhado em lágrimas no olhar,
E saber que,
tudo que era lindo,
pode um dia se acabar,
Se o ser humano, não parar,
de agir do modo errado.
Rio Machado, que abrigavas,
tribos inteiras das florestas,
Que de teus pescados,
enchiam-se a fazer festas,
Por entender que, estarias,
assim eternamente.
No entanto hoje,
conhecendo teu deplorável estado,
Restam-me apenas lembranças,
do que fostes no passado,
E torcer, pra que o homem,
em seu progresso,
não seja tão inconsciente.
Rio Machado,
que tenho, eu a dizer,
além de tudo isso,
Que o homem,
em sua ganancia,
exime-se do compromisso,
A espera que, à própria natureza,
venha lhes cobrar.
Por tanto,
creio que depende de cada um,
a tua ressurreição,
E que se todos nós,
em teu auxilio dermos as mãos,
Tua permanência,
com certeza irá se eternizar.
És nosso eterno Rio Machado.
Cosme. B Araujo.
26/09/2010.
( Rio Ji-Paraná)
(Rio Machado) é conhecido com o nome de Rio Ji-Paraná. Um importante afluente do Rio Madeira, banha a cidade de Ji-Paraná, na parte central do estado de Rondônia. É o único grande rio totalmente Rondoniense, pois nasce e deságua em nosso estado, pena que pelo tal progresso está se acabando lentamente.
Rio Machado,
de águas turbulentas e escuras,
És filho dessas terras,
cobertas de fartura,
Que nos enche de orgulho,
por tão grande beleza.
Pois nasces e deságuas,
nas terras em nosso estado,
Com esse liquido vens regar,
o cereal aqui plantado,
Fazendo então nascer,
o verde em nossa natureza.
Rio Machado, ao lembrar-me,
de tuas lindas cachoeiras,
Vem-me a lembrança,
de quando naufraguei em tuas corredeiras,
E que ali pude sentir,
quão és grande e profundo.
E ao nadar, achei forças,
pra sair sem me afogar,
Fico a fitar-te e sozinho,
a mente fica a flutuar.
Com a certeza de que ali,
poderia ter me despedido desse mundo.
Rio Machado, quanta saudades,
de em tuas águas navegar,
Como fazia, quando criança,
sem medo de brincar,
Debruçava-me à beira da embarcação,
e sem pensar colocava mão.
Deixando a fria água,
meus braços assim molhar,
Pelas manhãs,
com meus irmãos,
ia em tuas águas mergulhar,
Essa saudade ingrata,
hoje me corta o coração.
Rio Machado, quanta riquezas,
escondes em teu profundo leito,
De diamantes, ouro,
dói-me aqui dentro do peito,
Por sentir que, pouco a pouco,
tens tua riqueza destruída.
Pois eras, mui volumoso e forte,
nos tempos das cheias,
E teus profundos poços hoje,
assoreados de areia,
Pelo progresso que, avança,
sobre ti com forças desmedidas.
Rio Machado, dos cardumes,
de milhares de espécies,
Que estão se extinguindo,
por tuas águas que apodrecem,
Pelos esgotos e dejetos industriais,
em ti depositados.
Faz-me descrever-te,
banhado em lágrimas no olhar,
E saber que,
tudo que era lindo,
pode um dia se acabar,
Se o ser humano, não parar,
de agir do modo errado.
Rio Machado, que abrigavas,
tribos inteiras das florestas,
Que de teus pescados,
enchiam-se a fazer festas,
Por entender que, estarias,
assim eternamente.
No entanto hoje,
conhecendo teu deplorável estado,
Restam-me apenas lembranças,
do que fostes no passado,
E torcer, pra que o homem,
em seu progresso,
não seja tão inconsciente.
Rio Machado,
que tenho, eu a dizer,
além de tudo isso,
Que o homem,
em sua ganancia,
exime-se do compromisso,
A espera que, à própria natureza,
venha lhes cobrar.
Por tanto,
creio que depende de cada um,
a tua ressurreição,
E que se todos nós,
em teu auxilio dermos as mãos,
Tua permanência,
com certeza irá se eternizar.
És nosso eterno Rio Machado.
Cosme. B Araujo.
26/09/2010.