MIMO DE ANIVERSÁRIO
Para Zélia Nicolodi
Qual jovem bela, indecisa,
Diante de um rico armário
Vacilo na escolha precisa
De um mimo de aniversário.
Como agradar a poeta
Que canta amor com paixão
E com requinte de esteta
Sublima-se em perfeição?
Dar-lhe-ei o mar azul?
Não, ela já o tem nos olhos
Onde os anjos, norte a sul,
Navegam livres de abrolhos.
Dar-lhe-ei a estrela prima?
Não, ela já a tem em seus versos
Cujo brilho, em boa rima,
Desnuda amores imersos.
Dar-lhe-i o sol ou a lua?
Não, ela já os têm na mente,
Como o belo que decrua
Em poesia comovente.
Dar-lhe-ei a chuva ou o vento?
Não, ela já os tem na verve
Na força do sentimento,
Da paixão que abrasa e ferve.
Que posso doar-lhe então,
Já que possui quase tudo?
Um ombro amigo, afeição,
Coração meigo e desnudo!
Para Zélia Nicolodi
Qual jovem bela, indecisa,
Diante de um rico armário
Vacilo na escolha precisa
De um mimo de aniversário.
Como agradar a poeta
Que canta amor com paixão
E com requinte de esteta
Sublima-se em perfeição?
Dar-lhe-ei o mar azul?
Não, ela já o tem nos olhos
Onde os anjos, norte a sul,
Navegam livres de abrolhos.
Dar-lhe-ei a estrela prima?
Não, ela já a tem em seus versos
Cujo brilho, em boa rima,
Desnuda amores imersos.
Dar-lhe-i o sol ou a lua?
Não, ela já os têm na mente,
Como o belo que decrua
Em poesia comovente.
Dar-lhe-ei a chuva ou o vento?
Não, ela já os tem na verve
Na força do sentimento,
Da paixão que abrasa e ferve.
Que posso doar-lhe então,
Já que possui quase tudo?
Um ombro amigo, afeição,
Coração meigo e desnudo!