Noturnos

Sentir uma espécie de vazio

Na tarde que cai

No céu nublado

Ao som de um noturno de Chopin

Passam-se as horas

Como uma ladainha

Tudo parece tão igual

E tão lógico

Nas esquinas já se ouve buzinas

Da maldita pressa de chegar

Na fuga do trânsito infernal

E insano de nossos dias.

AjAraújo, o poeta humanista, dedicado a Chopin, escrito em 2009.