São “Camões”
O patriotismo lusitano de Camões
Excedeu o de qualquer profeta.
Sem discriminar filosóficas religiões
Deu força ao cristianismo redobrado.
Arguiu sobremaneira à mitologia
À maneira espontânea e direta
Reformulando de maneira indiscreta
O renascimento da atual lusofonia.
Que por mares nunca dantes navegados
O qual por sobre as águas agitadas andou
Tal qual o Mestre dos profetas um dia.
Apesar de navegar além de Taprobana
Mostrou-nos do seu legado o que sobrou
Expondo o que realmente é o trapo humano.
Com apenas uma aquilina visão enxergou
Que mestre não precisa de mestrado.
Provocante irônico, ironizou:
O Grande Alexandre e Trajano
Como trágicos e meros humanos
Foram destronados pelos anos.
Assim como tudo na vida se finda
Esses heróis a Musa os findou.
E ainda confirmou: a lusofonia é linda.
É o legado nos legado qual a nós nos sobejou.
Rogou aos deuses de seus dias
Que espalhassem o rufar de sua poesia
E que nos quadrantes dos universos
Retumbassem seus ideais de gente lusitana
Qual; quinhentos anos atrás já dizia
Aquilo que nenhum poeta criaria.
Mesmo lhe faltando a força humana
A sua poesia chegaria aos lugares certos.
E os demais poetas o aplaudiriam...
“Lusofonar” sobre os Lusíadas
É conjugar o verbo errado,
Seria mera chuva no molhado.
São Camões já foi louvado;
E aqui se registra mera intenção
De mais um trovador já trovejado.
Porém, dentro da melhor das intenções
É feita com humilde coração abrasado
Por Homero ilhado em Ilíada
Com seus olhos esbugalhados.
Meu pedido de perdão pela ousadia
Ao decantar redundando ao decantado.