Flor intertextual
Serei flor social, como a flor de Lilu
Ainda que um corpo muito estranho
Cumprirei meu desiderato humano
Quero ser esta flor que viceja e brilha
Que viceja metafórica em meio ao lodo
Que no charco resiste bela, sem litigar
Enfeitarei as ruas com a minha paz
Ainda que seja regado a sangue
Violência tão corriqueira que nos seca
Serei esta solitária e ideológica flor
Mesmo que, como corpo muito estranho,
Seja expelido pelo organismo social
Obs: Este texto surge a partir da prosa poética " Cada qual oferece o que tem" da companheira recantista Lilu.