Pai e Filho

Eu sei, tudo lhe atrai...

Você vibrou de alegria,

Quando soube naquele dia

Que se tornaria pai.

Mesmo na maternidade,

Embora preocupado, mas feliz,

Chorou como um chafariz

Diante da paternidade.

Nas noites de sono perdido,

Quando corríamos para o doutor,

Era movido pelo impulso do amor;

Pelo carinho incontido.

Já na meninice,

Nos passeios pelo parque,

Você dava um à parte

Junto a minha fanfarrice.

Mais tarde, na minha adolescência,

Você, pai, me instruía, me amava,

Ensinando o bê-a-bá, que eu teimava

Em testar a sua paciência.

Já na juventude,

Você aconselhava e dava opinião,

Referindo-se às coisas do coração

Com respeito e amplitude...

Agora que fiquei adulto,

Você ainda tem o mesmo zelo.

Diz coisas de arrepiar o pêlo,

Sem com isso fazer insulto.

Para uma mãe, assim como para um pai,

O filho jamais cresce.

O carinho germinado sempre floresce;

Fruto do cuidado que nunca se esvai.

Melhor assim para nós dois!

É tão bom estarmos lado a lado.

Pai e filho irmanados,

Ontem, hoje e depois...

Muito lhe tenho querido.

Embora, às vezes, a distância,

Tenho saudades da infância,

Quando me pegava no colo, velho amigo!

Valdemir Barbosa
Enviado por Valdemir Barbosa em 01/08/2010
Reeditado em 12/04/2011
Código do texto: T2411431
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