A Flor que nunca te dei

Na tempestuosa luz da manha

e via o quão injusto eu sempre fôra

em cestas dei flores a mulheres imbecis

mas a flor que nunca te dei, em gestos te daria.

Na escuridão calma do entardecer

eu sentia sua súplica por uma rosa

mas espinhos, nelas jazem abundantes

figurantes como o gesto, logo murcham!

Nada mais que gestos falsos,

pura gentileza, levando muitas flores

nos perdemos em gestos irreais, não são flores

são mentiras disfarçadas, prefiro pelúcias.

Mas da flor que nunca te dei, ainda,

te darei na sinceridade do merecimento

por quanto...

A minha flor sem espinhos é você

que me recheia de rosas a vida!

O senhor das Terras Pardas