NOSSA POBRE JUVENTUDE

Morrem cada vez mais jovens e mais inexperientes,

Pois o afã da idade os deixam inconseqüentes,

Só pensam no agora, são todos imediatistas

E deixam a adrenalina lhes cegar as vistas.

Esses jovens não aceitam conselhos,

Muito menos assimilam exemplos,

Acham que o mal só acontece aos outros,

Porque “deram mole”, “vacilaram” e foram “bobos”.

Eles estão se matando, sim, nossos meninos e meninas,

A cada fim de semana há mais corpos pelas esquinas,

Seus pais inconformados, de dor se debatem

E se arrependem da hora em que lhes deram mais liberdade.

Estamos perdendo nossos jovens na tenra idade varonil,

Pois eles estão se deixando levar por sua “onipotência juvenil”,

Nunca se enterrou gente com tanta saúde,

Pois nas crianças não vemos vícios, apenas virtudes.

“Morte morrida” ou “morte matada”,

Crianças morrem sem ter vivido nada,

Morreu mais um que se achava imortal,

Seus amigos choram, sua mãe passa mal.

É chocante mais é verdade e vemos isto de perto:

Hoje em dia são os avós que estão enterrando seus netos,

Vivemos numa época descrita por Heródoto

Porque somente na guerra os pais vêem seus filhos mortos.

No velório todos partilham do mesmo choro convulsivo,

Sabem que sua criança se perdeu em seu próprio desatino,

Todos o amavam e o viram crescer,

Ninguém acreditava que um dia o veria morrer.

O atual cenário é sombrio, trágico e comovente,

Estão morrendo os jovens, aqueles que teriam “tanta vida pela frente”.

Voltem-se a Deus, voltem-se a Deus todos,

Diante uma situação dessa, só Ele nos pode dar consolo.

11/09/06

Dedico esta poesia ao meu primo e amigo Wesley que faleceu

em 03/09/06 aos 17 anos.

Saudades!

Descanse em paz! (João 5:28,29)

Denis Almeida
Enviado por Denis Almeida em 11/09/2006
Reeditado em 20/05/2009
Código do texto: T238015
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