Coragem ó Negrinho Real
Coragem ó homem resoluto
E esperançoso que acreditas
Nas tuas elogiáveis inspirações culturais
Mesmo com o rosto frígido de sofrimento
Nestas alvoradas frenéticas ante àquele Castelo
Coragem…
Coragem ó benguelense bairrista
Que a melodia não menos agradável do ondular
Da praia morena te dê a certeza de que és
O que agora por ai se diz…
Coragem…
Ó foragido das tardes vadias
Vindo aqui onde roubas as letras suaves
Oriundas dos cantares das sereias
Deste belíssimo marulhar da praia das ancas
Coragem…
Ó homem que mesmo
Com a viola violada
Por um biltre ainda
Tens os polegares musicados
Pela dor e ardor do amor
Coragem…
Ó Negrinho Real
Que mesmo tão magrinho es leal
Nesta viagem acústica
Da tua personalidade artística
Coragem ó Negrinho que
Agora te casas com a praia
E já vemos a tua fidelidade
No brilho forte dos seus olhos
De negro sofredor…
Coragem ó homem que
prepara a inesquecível música
Que com heroísmo a escutarei
Nem que morra nessa inspiração poética…
Que a coragem e camaradagem
Sejam sempre seu lema
Para que possas vencer o invencível
espiritual cantar dos anjos