A Minha Cidade

Onze horas da noite

A cidade aos poucos vai adormecendo.

Como uma criança que depois de brincar o dia inteiro

Exausta, abraça uma almofada e dorme.

O silêncio não é total, se fecharmos os olhos e nos concentrarmos

Ainda podemos ouvir o barulho do vento varrendo as folhas caídas sobre a calçada.

A música que os galhos das árvores produzem quando o vento passa correndo por eles.

É um som que traz paz ao coração.

O comércio aos poucos vai abaixando suas portas.

Luzes vão se apagando, aqui e ali.

Poucas pessoas saem das sorveterias e bares, mas estão tão longe que suas vozes não passam de cochichos, como se contassem um segredo.

O clima agradável, mesmo apesar da hora convida as pessoas a passarem em uma das praças.

Como uma mãe que abre os braços para que seu filho chore em seu colo. O lugar chama as pessoas para sentarem-se ou deitarem-se e um dos bancos, fitarem o céu e pensarem em sua própria vida, em seus problemas. Um momento em que a pessoa pode olhar dentro de sua própria alma e refletir no modo como está vivendo a sua vida. Ali você tem liberdade para pensar no que quiser, sem que ninguém venha a interrompê-lo.

Como música de fundo, temos o som suave das águas de um rio que correm ali por perto.

Somada ao som das águas que saem das grandes fontes realçando a beleza do lugar.

Essa é a minha, sua, nossa, Campo Limpo Paulista.

Agitada de dia e tranqüila de noite.

Admirando e encantando quem tem o prazer de passar nem que seja só a passeio por tão bela cidade.

André Martza
Enviado por André Martza em 09/07/2010
Código do texto: T2367012
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