A Minha Cidade
Onze horas da noite
A cidade aos poucos vai adormecendo.
Como uma criança que depois de brincar o dia inteiro
Exausta, abraça uma almofada e dorme.
O silêncio não é total, se fecharmos os olhos e nos concentrarmos
Ainda podemos ouvir o barulho do vento varrendo as folhas caídas sobre a calçada.
A música que os galhos das árvores produzem quando o vento passa correndo por eles.
É um som que traz paz ao coração.
O comércio aos poucos vai abaixando suas portas.
Luzes vão se apagando, aqui e ali.
Poucas pessoas saem das sorveterias e bares, mas estão tão longe que suas vozes não passam de cochichos, como se contassem um segredo.
O clima agradável, mesmo apesar da hora convida as pessoas a passarem em uma das praças.
Como uma mãe que abre os braços para que seu filho chore em seu colo. O lugar chama as pessoas para sentarem-se ou deitarem-se e um dos bancos, fitarem o céu e pensarem em sua própria vida, em seus problemas. Um momento em que a pessoa pode olhar dentro de sua própria alma e refletir no modo como está vivendo a sua vida. Ali você tem liberdade para pensar no que quiser, sem que ninguém venha a interrompê-lo.
Como música de fundo, temos o som suave das águas de um rio que correm ali por perto.
Somada ao som das águas que saem das grandes fontes realçando a beleza do lugar.
Essa é a minha, sua, nossa, Campo Limpo Paulista.
Agitada de dia e tranqüila de noite.
Admirando e encantando quem tem o prazer de passar nem que seja só a passeio por tão bela cidade.