Irmão em sol maior
Dia maroto, antecede o mês de agosto
Eras um moço
Engasgo de caroço
Dureza de um osso
Vida em alegria, euforia
Entorno da família
Brincadeira, tua bandeira, fazias zoeira
Dúvidas coesas
Nenhuma certeza
Falas, não calas, ensaias, avacalhas
Atendes ao telefone, diga alô, falas o teu nome
Vê se não some
Nem que seja daí de longe
Cachorros eram teu recreio, piruetas sem receio
O rotweiller não irá dormir tão cedo
Refugiado no próprio medo
Eras tio, irmão, marido, amigo e espírito de bom coração
Incentivava, participava e se espraiava em casa
Um abraço nada lhe custava
A esposa? Esta ele amava
Que peça é esta que pregaste? Emprega o teu talento em outras artes
Por que calaste? Recupera-te deste impasse
Para onde irão tuas frases?
Vais semeando no crepúsculo, arrefeça-nos deste susto
Luz ao longe, flores entre arbustos
Vidas em seus cursos
Silêncio ou querer estar mudo?
Repousas em paz, estrela que não jaz
Novo brilho que entenderás
Intemperanças, nunca mais
Deus o abraçará