À MINHA AVÓ
Seu nome poderia ser
MULHER
FAZENDEIRA
MATRIARCA
MÃE
AVÓ
BISAVÓ
Até DINDINHA já ouvi.
Não era nenhum destes.
Era
AUGUSTA.
Divinamente
AUGUSTA.
Seu maior feito,
particularmente para mim,
foi,
enquanto morria aos noventa,
ensinava-me,
aos vinte,
a desejar a vida
e esperar dela
o melhor.
E os sinos repicavam
enquanto o cortejo
descia e subia:
- Quem tem ensina,
Quem não tem aprenda
A ter e a ser,
A ser e a ter.
Desta forma
Se faz o viver.
Barbacena,MG - 17/04/2010
LLisbôa
POEMA 14 - CADERNO: VOLTANDO PARA CASA