A uma arvore morta
Arvore nua.
Tu ainda es bela.
Guardas na forma
Laivos de nobreza.
Teus braços ainda
Procurando o espaço,
Em uma ultima prece,
Rogão pelo que te lançaram fogo
E te oferecem o gume do machado,
Um calice pleno de amrguras.
E mesmo assim exangue
A paz que tu emanas é a verdade
Esta postura simples te engrandece.
Neste gesto abraçando o ceu
Leva-nos a refletir na morte.
E na vida, em seus mistérios.
Mas, resta uma esperança ainda
Em cada promessa que lançastes.
Um espirito de luz ainda renasce
Em cada flor, em cada fruto,
Eranças benditas que deixastes.
Renascerão filhos e filhas do amor
Que tu mesmo morta ,
Ofereces.
Imigração 28.02.2002 M.G.