AS MAOS DE CLARA

As mãos de Clara

(alguém repara)

Em tudo são diferentes

À máquina escrevendo

Ou flores recebendo

Até escovando os dentes

Nervosas, tremem visivelmente

Estalam os dedos, com ansiedade

Mas se Clara está contente

Tamborilam à mesa felizes à vontade

Quisera eu, com esse poema

Suas rimas e versos vãos

Sutilmente lhe provocar pena

E ganhar (de Clara)o carinho de suas mâos

S. Paulo, 07/06/1995

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CORDEIRO de ITIÚBA
Enviado por CORDEIRO de ITIÚBA em 19/06/2010
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