Avô
ÔÔÔ, meu avô...Meu avô!
Conversando nas praças. Jogando nos bares.
Conhecido em toda a cidade
Em seu jeito rude e calado
Me deu lições de vida
De como deve ser vivida,
Meu avô nunca sai do meu lado.
Trabalhador de sol a sol, o ano inteiro: um guerreiro.
Foi vidraceiro, pintor, bóia-fria e pedreiro!
Vendeu panos, doces, comidas, frutas e pão.
Traz as marcas sofridas nos calos de suas mãos
ÔÔÔ, meu avô...Meu avô!
Conversando nas praças. Jogando nos bares.
Conhecido em toda a cidade
Em seu jeito rude e calado
Me deu lições de vida
De como deve ser vivida,
Meu avô nunca sai do meu lado.
Imigrante, nordestino, tropeiro e errante.
Veio de Minas, do sul, do sertão. Da Bahia.Desse Brasil tão distante
Lutou guerras, fez revoluções, trabalhou em cada construção.
Sem saber o como e o porque...tem orgulho de ter ajudado essa nação.
ÔÔÔ, meu avô...Meu avô!
Conversando nas praças. Jogando nos bares.
Conhecido em toda a cidade
Em seu jeito rude e calado
Me deu lições de vida
De como deve ser vivida,
Meu avô nunca sai do meu lado.
Velho cascateiro, de causos um contador.
Não se formou, não estou, mas gosta de ser chamado de senhô!
Longe de seus filhos, amigo íntimo da solidão e da dor.
Perto de seus netos, a segunda chance de ser pai e conhecer o amor!
Derlei A