DOMADORES DE PALAVRAS

Colher palavras não é fácil

Assim, como a harmonia racional,

Também, não é algo simples

É preciso semear a mente

Mergulhar, entregar-se, inteirar-se

Apatia não consta no teu ser

A sensibilidade brota-lhe dos poros

A amplitude enche-lhe os pólos

Sintetizando a sua visão

Mesmo em pleno silêncio

O grito é constante

Ainda que preso

O clamor vai distante

Cria amplos paraísos

A visão presenteia-lhe o nicho

A imaginação faz o capricho

Sua inspiração é peculiar

Seu coração um brando lugar

De várias faces, todas afáveis

De vários mundos e tantos oásis

Seu coração é seu universo

Em sua veia, correm versos

Seus instrumentos de cirurgias

São sempre papel e caneta

Das suas primaveras mais amenas

Brotas amores ainda que surreais

Suas mãos sempre escrevem à paz

Domadores de palavras

Assim, são os poetas.

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 28/05/2010
Código do texto: T2284289
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