Embrião Argentino

Qual a importância de uma data,

Que marca o início do sonho

De um povo,

Que ainda nem se sonhava nação.

Era só embrião,

Egrégora fecundada!

Vinte e cinco de maio de mil oitocentos e dez,

Começa a se desenhar os pés,

Os pilares de uma revolução.

As primeiras sementes são lançadas ao chão.

Em meio a muitos planos, confrontos e desenganos:

Um parto de seis anos!

Alguns espanhóis sul americanizados,

Resolvem se separar da Espanha,

Movidos por uma intuição estranha,

Uma determinação tamanha,

Contra a coroa tacanha.

Homens, positivamente, iluminados.

Munidos de assustadora coragem,

Decidem cuidar da sua paisagem.

Abandonados pelo real colo,

Assumem o solo!

Definem as primeiras trilhas,

As primeiras fronteiras,

Os iniciais traços da bandeira,

Do país que viria a se chamar Argentina.

Um dos ícones latino-americanos!

Sul-americanos!

Um povo valente,

Extremamente inteligente,

Buscando a cadência,

Dentro de sua própria consistência.

Com suas diferenças,

Crenças,

Como todos, com problemas,

Mas ciente de seus emblemas.

Uma alma generosa

Altiva,

Ativa,

Voltada para a arte,

Para os encantos da tarde...

Valorosa,

Politizada,

Fortemente enraizada.

Duzentos anos!

Ainda tantos planos...

Para quem nasceu para a superação,

Para a autolapidação;

Para quem não se entrega,

Por estar certo da proximidade,

Da infalibilidade,

Da sua primavera.

Parabéns ao povo Argentino,

Por ter tomado em suas mãos, o próprio destino.

Esse texto foi-me encomendado pelo poeta/amigo

Carlos Alberto Giménez, que o selecionou para ser

publicado junto com os vencedores de um concurso

nacional na Argentina sobre o tema. Ou seja:

“MINHA PRIMEIRA PUBLICAÇÃO !!!!!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 25/05/2010
Código do texto: T2277989