oferendas da paixão

Sei que tu querias...

No poste da praça

( na padre leão)

Rodopiar leve

Como borboleta

Gritar para o mundo

Do amor que sentes

Contar bem me quer

Nas roseiras todas

Caminhar na chuva

E falar sozinha

Sorrir para o vento

Rodear o passo

De novo...e de novo

Ir-se num caminho

Sem saber destino

Sem data nem hora

Viver o agora...

Pulsar de paixão

Sei que tu querias...

Mas falar não podes

Te diriam : louca!

Assim qual castigo

Sofres a sangria

A torpe facada

A dor sufocada

O calar do peito

Emoção contida

Sem cumplicidade

De um só ouvido

Que ouvir-te possa

E julgar não queira

O seu proceder.

Sei que tu querias...

Que soubessem todos

Do céu que achaste

Mas falar-lhes,como

De coisas supremas

Pois que são mortais

De amor não sabem

Só paixões carnais...

Sei que tu desejas

Um pedido bobo

Do tolo menino

Que encabulado

Declamou-lhe flores

Versejou blandícias

Rabiscou poemas

Esculpiu sorrisos

Neste rosto seu...

Mas pedir não peço

Sua mão que seja

Nem juro ao padre

Mas roubar-te tento

na noite de hoje

Um beijo apenas

Que dizer-te possa

Tudo que eu sinto

Mas não pude falar

Pois meu dialeto

Abarcar não pode

O que vai na alma

deste teu amado

Que somente sonha

Achar no caminho

E levar-te hoje

O que tu quiseres

E só não pediu !!!

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amar-te é estar predestinado a ser o mais feliz dos homens !!!

sempre...sempre...sempre

*p sil