Vida de Andarilho.
Sou na vida um andarilho,
Me consumo a caminhar,
Por conhecer toda lida,
Num coração a pulsar
Já fui jovem, hoje sou velho,
Com muita coisa a contar,
Paro nas encruzilhadas,
Quando posso a descansar,
Sombras de árvores nas estradas,
É pra mim um bom lugar,
Se me queima o Sol, sinto sede,
Se faz sombras volto andar,
Nos labirintos da vida,
Perco-me, sem retornar,
Conheço rios e fontes,
Onde me revigoro ao ar,
Ao relento, muitas vezes,
Passo a noite a descansar,
Às vezes caminho a noite,
Tendo por guia o luar,
Minha mansão é ao ar livre,
Ladrões não podem roubar,
As pedras são, meu travesseiro,
O duro chão meu sofá,
Se sou feliz?
Assim vivo,
A muitos posso ensinar,
De lugares, das belezas,
Que contemplo ao passar,
Carros?
Hum! não tenho,
Só meus pés a derrapar,
Nas estradas, de poeiras,
Se o suor, vier brotar,
Se cair sob o calçado,
Desgastado do lidar,
Quando ao asfalto mais machuca,
Só quem vive entenderá,
Escaldante igual deserto,
Mais ninguém pode contar,
A vida de um andarilho,
Percorrer cada lugar,
Muitas vezes sem sentidos,
Caminhando sem parar,
Por municípios, estados,
Países a circular,
Participa de festejos,
Sem convites! Mas está lá,
Levando sempre lembranças,
Na bagagem a transportar,
Deixa a todos, onde passa,
Intrigados a indagar,
As crianças?
Também os jovens,
Não se contentam em olhar,
Curiosos se perguntam,
Se tal figura passar,
Uns pensam ser marginal,
Ficam longe a disfarçar,
Com ar de desconfiados,
Alguns tentam se ocultar,
Nem percebem que ali,
Há um coração a pulsar.
Assim é o andarilho.....
Humilde, só, sem brilhos!
Às vezes até pai, sempre filho,
Sem famílias!
Sem um lar!
Que pode ser qualquer de nós,
Basta a sóis!
Decidir ao mundo andar.
13/11/2008.
Sou na vida um andarilho,
Me consumo a caminhar,
Por conhecer toda lida,
Num coração a pulsar
Já fui jovem, hoje sou velho,
Com muita coisa a contar,
Paro nas encruzilhadas,
Quando posso a descansar,
Sombras de árvores nas estradas,
É pra mim um bom lugar,
Se me queima o Sol, sinto sede,
Se faz sombras volto andar,
Nos labirintos da vida,
Perco-me, sem retornar,
Conheço rios e fontes,
Onde me revigoro ao ar,
Ao relento, muitas vezes,
Passo a noite a descansar,
Às vezes caminho a noite,
Tendo por guia o luar,
Minha mansão é ao ar livre,
Ladrões não podem roubar,
As pedras são, meu travesseiro,
O duro chão meu sofá,
Se sou feliz?
Assim vivo,
A muitos posso ensinar,
De lugares, das belezas,
Que contemplo ao passar,
Carros?
Hum! não tenho,
Só meus pés a derrapar,
Nas estradas, de poeiras,
Se o suor, vier brotar,
Se cair sob o calçado,
Desgastado do lidar,
Quando ao asfalto mais machuca,
Só quem vive entenderá,
Escaldante igual deserto,
Mais ninguém pode contar,
A vida de um andarilho,
Percorrer cada lugar,
Muitas vezes sem sentidos,
Caminhando sem parar,
Por municípios, estados,
Países a circular,
Participa de festejos,
Sem convites! Mas está lá,
Levando sempre lembranças,
Na bagagem a transportar,
Deixa a todos, onde passa,
Intrigados a indagar,
As crianças?
Também os jovens,
Não se contentam em olhar,
Curiosos se perguntam,
Se tal figura passar,
Uns pensam ser marginal,
Ficam longe a disfarçar,
Com ar de desconfiados,
Alguns tentam se ocultar,
Nem percebem que ali,
Há um coração a pulsar.
Assim é o andarilho.....
Humilde, só, sem brilhos!
Às vezes até pai, sempre filho,
Sem famílias!
Sem um lar!
Que pode ser qualquer de nós,
Basta a sóis!
Decidir ao mundo andar.
13/11/2008.