Serafina fia com Metal
Veja quanto esta mulher trabalha!
Cose, gesta, gasta e também vai á festa,
Mas não é de tudo homem e detesta
Quando alguém lhe cobra a guerra, a batalha.
Vá pagar liberdade, erga a metralha,
Pois se já não cria e está mal vista.
Esperam-te os campos, assine a lista,
Antes invista alto, trance-te de malha.
Não és digna de tecer qual Penélope,
Ah, mulher! Não ouses esperar Odisseu:
Vender-te-ão o crochê, morrerás sob máquinas.
Á Ítaca não chegas nem a galope:
Das mães da Grécia te perdeu.
Então, mulher, a ti só a guerra e as lágrimas.