“ A ALMA DO POETA”
A vaguear por mundos encantados,
Na imensidão de sonhos não sonhados,
Inimagináveis, insondáveis,
Impossíveis, incríveis,
Navega firme e sonhadora,
Imprescindível e sedutora,
A alma de um ser desabrochado,
O poeta um ente iluminado!
Derramando-se em forma de poesia,
Reservado da realidade fria,
Flutua qual paina da paineira,
A encontrar-se simples e verdadeira,
Com a fantasia e inspiração,
Em melodias, o amor e a canção,
Que depois renasce forte frenética,
A alma navegante do poeta!
A Tocar e inebriar cada coração.
Quase sempre visinho a solidão,
Vai além de versos não descritos,
A dispersar-se rumo ao infinito,
Repleta de ficção e verdades,
Regada e nutrida pela vaidade,
A expor a leveza de um sentimento,
A emoção que lhes remói por dentro!
De súbito invade a todos os leitores,
Sem distinção de raça, idade ou cores,
De simples aos mais instruídos,
A encontrar-se inda que desiludido,
Esperança e a mais terna alegria,
Seus sonhos, doces fantasias,
A muitos encobertos e despedaçados,
E na poesia viu ser ressuscitado!
Assim a ambulante alma do poeta,
Despojada, nua, sem pousada certa,
Inebria os corações como suave canto,
Que inerte, bruto volta a ser romântico,
Com a experiência de jovem aprendiz,
A regar e fazer a vida mais feliz,
Extrai de cada sonho a realidade,
Uma aventura em vestes da verdade!
Voa então a alma do poeta sonhador,
Mais retorna ao porto cheia de amor,
E a esse frágil e desbotado ser,
Sente outra vez a chance de viver,
E no peito Romansista desse redator,
Sintetiza a força de um imenso amor,
Indicando a sua tão sonhada meta,
Assim se vai a alma do poeta.
15/05/2010.