A Minha Mãe

Mãe perdoa-me se em uma insana ventura,

Sonhei contigo nos luares de verão,

E ver-te fitar-me com os olhos em ternura,

O meu caótico e solitário coração.

Mãe, tu fostes o anjo que Deus pariu,

Das entranhas de seu sublime amar,

A estrela que do infinito a mim sorriu,

Na dolência do meu insano cismar

Mãe quisera a vida que esse baluarte,

Foste à escrita e senão a opulência,

Com a qual escrevo as rimas em arte,

Em olhos de uma trágica existência!...

Mãe, em seu colo de divina santidade,

Sorvi aos lábios o elixir do amor eterno,

E mesmo velho! Na tenra mocidade

Tenho junto de ti! Este teu seio materno

Mãe, eu a amo com as vibrações da lira,

As notas doces do póstumo arpejar,

No suor que na fronte pálida transpira,

Sei que no infinito há de me amar!!!

Mãe queria dar-te do botão a flor,

Que no jardim do paraíso florescia,

Para ti! Devoto-te o sagrado amor

Nas notas de uma perpétua poesia.

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 13/05/2010
Código do texto: T2255234
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