*MEUS VERÕES, MÃES

Foram frios meus verões, mãe
Faltou a mão para me aquecer
Olhar protetor, da supermãe
O zelo do olhar no alvorecer

O vento soava triste e lento
Em murmúrio de consolação
O sonho pernoitava no relento
A vida viajava em turbilhão

De buscas, de uma explicação
Mas, como entender a lei do alto
Que não pergunta ao coração
Se poderá resistir tamanho assalto

Sobrevivi a chuvas e trovoadas
Dos sentimentos voando em alta
Nas noites frias sob as rajadas
Dos relâmpagos, senti tua falta

Assim é a vida na terra, que fornalha
Uns choram pela mãe que agoniza
Outras que dão a vida na batalha
Pobre mãe lança o filho à enxurrada
                                     sonianogueira

Mote da poesia "On-line"

Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 09/05/2010
Reeditado em 09/05/2010
Código do texto: T2246765
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