Sou poeta, sou profeta...
Engraçado ser poeta, nem sempre vive em sorrisos...
Vive em mares tortuosos de sentidos e sentimentos,
Aprecia a dor, vive esta mesma dor, infindáveis tormentos.
Há momentos de amores impossíveis, mas breves.
Poetas, vivem o que escrevem, porém não amam,
só proclamam as doçuras da volúpia humana...
Quantos nos tomam por loucos, e somos,
tentamos nos libertar de nossas mentes, dementes...
Criamos e recriamos, a essência divina e pura,
na dobradura das folhas que se perdem, esquecidas,
o amor pela mulher e o desejo pelo homem,
dando voltas retorcidas, nas camas desalinhadas,
nos bosques intermináveis, ou em beijos profanos,
seja como for, poetas ainda conseguem ser humano...
Como é amar sem tocar, melhor que tocar e não sentir.
O olhar que transpaça a vidraça de aparências...são verdades.
Invade sem convidar, a amar ou a se dar... só detalhes,
Entalhes despidos de falsidade, diz poeta,
de suas buscas em almas debaldes e perdidas,
e sua própria alma abandona, em nome da arte,
que se encontra em toda a parte, em movimento,
e só você, poeta, que capta e imprime,
o que o ser tantas vezes deseja, clama e sofre,
deixa nítido em cada linha, o desalinho do amor,
pulsante, latente, quente e úmido,
um gozo interminável e sentido, por quem lê...
Não somos a insanidade dos sentidos, e sim o reflexo dos sentimentos.
Somos os poetas, somos profetas do amor...ou da dor?!
12/12/06 - Alecxander Christian L.