“Cocotte”(La fin justifie les moyens)
LaBruni, alguém me disse
Que tu andas novamente
De novo amor nova paixão
Toda contente. Presente
Em teus shows isolados
Vejo leveza doçura charme
Desejas a popularidade
Dos amantes desmamados
Na cama da primeira dama
Da Torre Eifel não precisas
Em nenhuma alcova de mais
Ensaios, nem nas passa
Relas da bossa nova. Sem
Promessas, cantas e compõe
Canções. Quem reclama?
Tantos hum, hum, hum, huns
Nem mesmo o Dalai Lama.
Teus cantores favoritos
Cantas, como se nada tivesse
Acontecido. Pela causa
Humanitária venha para cá
Mais vezes, se adoras o povo
Brasileiro, nessa delícia de
Programa. Que vida difícil
Deves ter, vem tocar aqui
Ser cocota em Paris, Jazz and
Blue noites adentro, madrugada
Afora, a favela também te merece
Não apenas o Sarkozy
Como não te cansas desse
Estafante trabalho cansativo?
Ser a cocota em Paris no
País do Can-Can? Três CDs
Não é muito tempo pra gastar
Com todo esse talento? Esse
Aroma, não sabes o quanto o
Povo brasileiro precisa sair do
Coma de todas as suas carências
Ouvindo canções de ninar
Cantadas por tão italiana
Mama com toda essa bossa
Fleuma, flama, essa chama
Essa “Halliwell charmed”
Quanta graça no cantar
Nem precisas de voz. Nesse tom
Sensual basta mostrar essa anca
Popularizar a coca! Dentro e fora
Da cama. Tiveste um professor
De música bacana na canção
Homônima de Eric Clapton
E tantos outros igualmente
Plugados na branca: Jagger,
Trump, Perez: todos são a
Solução para esses problemas:
Desejos, ensejos, fortuna, fama
Com tantos anagramas ao pé
E fármacos hipnóticos e grana
Fácil e coisa e tal, aposto que
Nem precisas de café. Tão bem
Amada deves ser e és, dos fios
De cabelo aos dedais dos pés
De marcas registradas sempre
Cercada do melhor e do mais
Fino rapé. Ao ouvi-la em seus
CDs também eu ouso dizer
Você é minha drogaria, mais
Letal do que a azia provocada
Pela heroína do Afeganistão
Com esse charme de torcedores
No Champ Élysée comemorando
Vitória de seus times de futebol
Pra depois pegar o buzão
Oh! Musa dos três poderes
Mais perigosa do que os efeitos
De cheirar a rosa branca, flor
Colombiana também dos Zés
Manés, nas reportagens dos
Focas, que entrevistam os
Traficantes das favelas
Cariocas. E fazem os mesmos
Comentários sobre essa dama
Que te faz navegar pelas camas
Pensamentos reproduzidos
Nas mídias globalizadas do
Lar europeu, do tio americano
Afinal, maior parte de teus fãs
Precisam de uma dose nos canos
Para aliviar as tensões e matar a
Fome dos desenganos na Cidade
Luz fora de casa, nos muitos
Tira-botas mexe-mexe deita e
Rolas. Matéria-prima da falta
Faminta de imaginação. A sua,
Pouco mais que delicadamente
Agreste. . . Como você é mesmo
Tão superlativamente chique
Nessa creche.